sábado, 27 de novembro de 2010

Cegueira de Amor

Graças a Deus que o amor é cego.
Porque se não fosse, veríamos todos os erros do amado
E vendo os erros das pessoas, as odiaríamos, por não ter capacidade de aceitar.

Não que nós, ao amar, vejamos uma pessoa perfeita.
Mas nossa visão foca as coisas boas que nos fazem amar alguém,
Que nos faz crer que as coisas boas superam em muito as ruins,
E que os erros não vão se sobrepor as qualidades.

Talvez cegos, sejam os pessimistas,
Que ao invés de verem aquilo que é bom,
fecham-se para o mundo e acham que nada poderia lhes fazer feliz,
Que nenhum amigo é amigo, que nenhum amor merece crédito
E que a família a envergonha.

Essas pessoas, são as verdadeiras cegas.
O amor não as deixa cegas, elas que se cegam para o amor.
Fingem não vê-lo, passam por cima dele,
Agridem o dos outros.

então, aquele que quer ver, veja,
Mas aquele que prefere não ver, seja cego.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Fim da Estação

A vida é algo precioso.
Felicidades para os que a valorizam.
Compaixão para os que a desprezam.

Talvez você tenha sido um passageiro em um vagão de trem.
Um passageiro da sua própria vida.
Você talvez tenha visto as paisagens passarem.
O clima mudar, a chuva cair e o sol nascer.
Talvez tenha admirado muito isso, talvez tenha se sentido feliz.
Mas você poderia dizer que aquilo que você viu foi único?

A vida é para os que vivem, não para os que observam.
Você viu aquelas pessoas que passavam caminhando em alguma estrada?
Aquelas ali são pessoas vivas.
Pessoas que abandonaram o trem e descobriram o que era viver.

Você sabe do que eu falo, a vida é plena pra quem a vive.
Para quem ama e para quem sofre.
Porque aprende a caminhar com seus próprios passos,
Conhece lugares e pessoas e por muitas coisas boas se apaixona.

A vida é para se viver.
Para sofrer por que amanhã não estará na cidade que está agora.
Sorrir porque conheceu uma pessoa maravilhosa e porque um único dia lhe foi inesquecível.
É para lembrar com carinho de várias pessoas que participaram dela
Que muitas vezes influenciaram o seu humor,
Que te deram forças, que foram postas por Deus para cuidarem de você.

Viver é como pintar um quadro complexo,
Cheio de cores e tonalidades, imagens nítidas e imagens desfocadas.
Ou como escrever uma música, cheia de tons, semitons, notas agudas e graves.
Ou talvez como o movimento do planeta, uma hora sol outra, lua.
Ou talvez seja inexplicável.

A vida pode ser vista de dentro do seu trem, no automático.
Você pode viajar por ela sem jamais conhecê-la realmente.
Ou quem sabe, se você estiver disposto a arriscar,
Ela pode ser vivida, pode caminhar por ela, realizar sonhos.
Pode também sorrir e chorar, amar e se decepcionar.
Quem sabe até você não possa realizar o impossível e deixar a sua marca?
Só não se esqueça de que a vida, é inexplicável, atraente e única.

Que tal então estacionar o trem, descer, respirar como nunca respirou
E jamais parar para olhar para trás, seguir em frente, aprendendo, crescendo e é claro,
Vivendo?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Fim dos Tempos

Será que nos entregaremos para a morte assim?
Vocês, todos vocês!
Olhem a que ponto chegou!
Escutem o choro da terra!
Será esse o nosso fim?

A guerra tira de nós pessoas que amamos,
Não as grandes guerras, mas as pequenas, que levantamos contra nossos companheiros.
A natureza se cansou e não permitirá que todos sofram pelos erros de um.
Os corações sofrem e muitos se entregam a maldade!

Cada vez mais os bons são poucos,
Cada vez mais somos injustos,
Cada vez mais esqueçemos de perdoar!

Já abraçou um amigo hoje?
Já disse um eu te amo a seus pais?
Já disse para seu filho que ele é tudo para você?
Já se compadeceu e fez algo por alguém hoje?

E se a hora fosse hoje?
Se tudo se consumisse hoje?
Poderia dizer que viveu uma vida plena?
Que viveu em amor, que teve paz?

Já pensou em reclamar menos?
Já pensou em abrir os olhos e ver que há alguém que te ama?
Que sua vida não é tão triste como você pensa ser?
Já pensou em sorrir de verdade e gargalhar simplesmente por rir?
Por viver?

Veja, você pensa que a humanidade não se compadece com pessoas que passam fome no mundo,
Mas você não se compadece de um conhecido,
Não lhe faz nem mesmo uma gentileza.
E muitos, no momento em que erram, dizem terem se esquecido, ao invés de pedirem desculpas!
Como se esqueçe de fazer o que é bom?

Pode mesmo julgar seu próximo, se minimas atitudes você não pode tomar?
Dizer que ama, querendo ser de pedra?
Você é humano, então seja humano!
Seja bom, trate bem os seus companheiros!
Chore, porque não pode ser invencível,
Mas não se perca no choro, não pranteie eternamente
Mas lute, pois você é livre!

Clame ao seu Deus,
Clame por seus familiares,
Clame por Justiça,
Esqueça asdiferença religiosas e una-se a um coro de amor mundial para salvar uma boa causa!
Seja ela qual seja!

Pense, se o fim fosse amanhã,
Se entregaria ao fim,
Ou diria: é hora de mudar, pois ainda podemos vencer?
Viveria um recomeço?
Choraria no dia seguinte pois viu a felicidade nascer,
Ou choraria pois nada conseguiu mudar, pois se entregou e nada tentou?
Se entregaria ao fim?

É o momento, o momento da mudança!
De sermos todos irmãos!
De lembrar que somos iguais,
Que podemos reformar e mudar nossas antigas obras!

E nós iremos conseguir, mesmo sendo poucos!
Nós que amamos nosso próximo, eu e você,
Nós venceremos!

domingo, 21 de novembro de 2010

Coração maltratado.

O Sol brilhou quando ele a conheceu.
A menina havia encontrado seu amor,
Dera fim às falsas paixões que muitas vezes tivera,
E agora, sorria e pensava em seu amado.

Aquele jeito misterioso dele,
O jeito tranquilo, mas grosso que não mudava
E aquela maneira de tratá-la, tão incompreensível,
Eram importantes pra menina apaixonada.

O tempo passava e cada vez mais a menina gostava,
Do menino bobo, e brincalhão, que com dificuldade,
Aceitava as manias da amada.

O tempo passou e para ele, o amor acabou.
Do mesmo jeito que ele chegou em sua vida, tão espontâneo,
Agora se retirava
E com dor nada pôde ela fazer.

"Menina tola", talvez ele pensasse
E "cruel", com certeza ela pensou.

Era uma estranho revés,
Quem sempre tivera o mundo em suas mãos,
Perdia agora aquilo que mais importava,
E sem pena, o amado foi embora.

Durante muito tempo ela chorou, chorou e chorou
O menino se enstristeceu,
E lhe fez uma proposta, um tanto indecorosa.

Amizade, aquela coisa tão boa, não seria suficiente
Por mais que a menina aceitasse, o estrago fora feito.
As marcas da maldade do amado ficaram marcadas naquele pobre coração.

Mas ele ia pagar, ah, como ele ia.
E pagou.
Por muito tempo teria de recultivar os bons e apagar os maus sentimentos.
Para que um dia, quem sabe, ela o pudesse perdoar.
E lembrar daquele momento, como algo passageiro,
Que se transformara em outro relacionamento
Delicado e bonito, como uma bela flor, algo que com certeza, ela merecia.

sábado, 20 de novembro de 2010

Alma e Carne 2

Meu espírito alegre toca a alma branca.
A Alma satisfeita, bem alimentada.
Já que, sem os sete pecados,
Temos sete virtudes.

Para a avareza, o desapego,
Para a vaidade, a humildade,
Para a gula, a alimentação certa,
Para a luxuria, o amor,
Para a ira, a calma,
Para a inveja, a busca do nosso,
Para a preguiça, a ação.

E em cada um, a recompensa:

No desapego, o retorno,
Na humildade, o engrandecimento,
Na alimentação certa, a saúde,
No amor, a paz física,
Na calma, a paciência e a persistência,
Na busca do nosso, a conquista,
Na ação, a vitória.

Pense! Pense! Acha que é uma simples questão de fé?
Acredite, incrédulo, essa fórmula nos dá o mundo em nossas mãos!
Acha que todos os grandes homens não eram certos nesse ponto?

Pense! Pense! As lições da fé não são baboseiras sem fundamentos!
Lembra que são histórias, que nos ensinam a crescer!
Tolos, nunca abriram os olhos para além de seus mundos?

Alma e Carne

Existem desejos que a carne satisfaz,
Satisfaz falsas necessidades.
Enquanto o espírito se entristece e clama por ajuda

Quem dera que nós fossemos menos ignorantes,
Mais atentos ao nosso coração, a nossa alma.
Para sermos felizes.

É todos sabem do que falo.
Quando você sente seu espírito em paz,
Quando se sente cheio de amor,
Vem aquela pontada de orgulho, avareza, luxuria, ou qualquer um dos pecados capitais
Que vai lá e te derruba.

É você sabe. Você sabe que não é uma simples questão de fé.
Você sabe que esses pecados te levam ao fracasso.
E sempre que você chega ao topo, você se lembra da carne e cai!

Ha! Ma ainda bem que nem sempre é assim,
Afinal, errar é humano.
E sendo o erro humano, como nós podemos não errar?
Calma, não pense que sempre que chegar ao topo vai cair.

Lembra que o topo nunca é realmente o topo...
Que tem mais sonhos a se alcançar.
O espírito humano não se aquieta,
Somos curiosos, aventureiros!
Vamos nos aventurar, mas com sabedoria!
Para que nosso topo seja firme, para alcanrçarmos novos topos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Amarga Conquista

Eles vieram e tomaram tudo.
O que antes tinha luz, virou cinza na fogueira.
Assim foi a dor que nos trouxe o Extermínio.

Não houve cuidado, não houve amor conosco.
Éramos estranhos sem pátria, família ou amparo.
Como estrangeiros perdidos em terra estranha,
Mas na verdade, nativos escravos de nossa pátria.

Pior do que a dor inimaginável de cem chibatadas,
Era ver os amigos mortos e nossas famílias destruídas.
Quem me dera eu ter sido entregue aos braços de Deus ao invés de sofrer mais essa tortura.
Essa ferida que o tempo não pode curar.

Clamo desesperado, procurando em meus inimigios os amigos que eles fingiram ser.
Não havia amizade, não havia compaixão,
Havia apenas a ganância imbecil dos homens
E esse homem que veio de longe foi de todos o pior.
Pior que os inimigos milenares, por quem se nutria respeito.

deuses pagões, assassinos cruéis!
Falsos, hipócritas, ditos civilizados!
Não viram como éramos a eles superiores!
Deus! Pagai com sangue o que com sangue foi tirado!

Com uma luz forte e um projétil poderoso, nossa mais linda obra foi tombada.
Com um grito selvagem condizente, segundo eles, conosco,
Nossa mulheres foram violadas.
E ao fogo ardente nossos irmãos foram lançados, sem direito ao julgamento, a súplica ou a misericórdia.

Pedras brilhantes de nossos templos foram tirados.
Pedaços inúteis de metal, amados por esses bárbaros.
Agradecia secretamente, pois pelo menos em insanidade eu não fora superado.
E dentro de mim minha alma queimava, com a força dos meus milhares de irmãos.

Escravizado fui, mas minha lembrança não deixou a terra.
Espero que um dia, a semente que plantei possa vingar.
Pois alguns dentre vós, colonizadores, julgaram com justiça os teus desígnios e com ela os retribuírão